terça-feira, 5 de março de 2013

The Beautiful Game


Cruel que tenha de ser já. Oitavos não são sítio para se jogar finais.

O Real é favorito. Mas só ligeiramente. Pelo poderio evidente, mas sobretudo pelos Especiais, e pela vertigem mística de jogar a época hoje. O United não poderá, contudo, ser desvalorizado em momento nenhum. Costumo olhar com uma certa condescendência para a gama táctica de Ferguson, e acho que ele a sacrifica sempre que pode, mas desengane-se quem achar que, hoje, é possível apanhá-lo desprevenido. Fergie não tem só um rolo compressor nas mãos; nos últimos meses, dedicou-se a modelar a equipa especialmente para este jogo. Hoje tem uma malha armadilhada absolutamente temível, com uma teia a sustentar os melhores avançados do mundo, como já se viu no Bernabéu. 0 golos sofridos nos últimos 4 jogos da Premier League ajudam a perceber a ideia.

Dito isto, e tendo uma pena inenarrável que este super-United tenha de ir já embora, não é hora para ficar no caminho da História. Essa há de se escrever em português, lembrando, por certo, mais uma noite para a eternidade no Teatro dos Sonhos, com os dois maiores líderes de gerações, os dois maiores clubes do mundo, e a reverência daquele santuário, um dia mais, a um dos seus, a um dos mais espantosos futebolistas que o Jogo já viu.

Na antecâmara de um United-Madrid, é possível não gostar de Futebol?

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