quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Champions. Fim dos grupos


BENFICA. Desoladora a forma como o Benfica perdeu a oportunidade histórica de ganhar no Camp Nou. O Barça geriu e tirou o pé, não há que branquear isso, mas também não se pode menosprezar a qualidade que a equipa de Jesus foi capaz de pôr em campo, que não está ao alcance de qualquer um. O Benfica provou, até ao último minuto na Catalunha, que foi mesmo o único culpado por uma eliminação que não podia ter acontecido.

PORTO. Os jogos em Braga e em Paris devem ter deixado aos adeptos do Porto aquela sensação desconfortável de que, por melhor que as coisas estejam a correr, é melhor ter sempre um pé atrás. Por ingrato que isso possa ser, para a História fica que Vítor Pereira poupou na Taça para ganhar na Champions, e que, nesses 5 dias, perdeu ambos. Às vezes, parece que há quem não consiga enganar a própria sorte.

BRAGA. 5 derrotas em 6 jogos, e Peseiro resumiu a participação com um "demonstrámos que podíamos ter chegado aos oitavos-de-final da Champions." Ridículo. Mesmo no grupo estranho em que esteve, o Braga sai bem pelos fundos, e Peseiro já tem idade e carreira para saber que alta competição não é um jogo no recreio, em que perder ou ganhar é desporto.

ALEMANHA vs INGLATERRA. Notável o facto das três equipas alemães em prova terem ganho o grupo. O que diz muito da competitividade aliada ao grande aumento qualitativo que a Bundesliga está a viver. No lado oposto, a equipa mais cara do mundo despediu-se com 0 vitórias, e o Campeão Europeu em título foi o primeiro da História a não passar à fase seguinte. Também no ano passado, já duas equipas inglesas tinham ficado nos grupos, o que dá que pensar. Espanholas, claro, passaram as quatro.

AFIRMAÇÕES. A rodar a equipa nos dois últimos jogos, o Málaga ganhou o grupo a Milan e a Zenit sem derrotas. Os malaguenhos são novos-ricos mas pouco, porque desinvestiram claramente nesta época, e ainda assim o percurso foi absolutamente sensacional até ao último minuto (e com 5 golos portugueses). Num ano amargo para milionários, ainda a pisar ramos verdes, e mesmo sem ter sido a melhor equipa de um grupo que era bastante acessível, o PSG de Ancelotti foi, além da melhor defesa, quem fez mais pontos na fase de grupos. Vale o que vale, e não acho expectável que os franceses possam alimentar muitas aspirações daqui para a frente, mas ter Ancelotti continua a tornar tudo mais fácil. No segundo grupo da morte, a Juve até empatou com o pior de todos, mas, muitos anos depois da última participação, vestiu o fato de gala, e, com uma segunda volta brilhante, foi ganhar o grupo a casa do melhor adversário. Quem sabe nunca esquece.

O sorteio está marcado para o dia 20 de Dezembro, com um twist curioso: este ano, os tubarões dividiram-se irmanamente entre primeiros e segundos lugares, pelo que há que contar com jogos grandes já a partir dos oitavos.

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