sábado, 13 de outubro de 2012

Estreias 2012-13. Last Resort


Poderosa, muito fácil de gostar.

Um submarino nuclear americano recebe uma ordem para bombardear o Paquistão. O comando chega por canais impróprios, há milhões de vidas em jogo, a ordem directa é questionada. Como retaliação, as próprias forças americanas atacam o seu submarino.

A série tem uma certa majestade, uma pujança natural. Faz-se de coisas grandes, militares, tem ritmo, tensão. É bem pensada, evita ser banal. A conspiração promete não ser muito facilitista. E até se equilibrou a claustrofobia do submarino com um ambiente envolvente que promete ser uma pérola: uma pequena ilha ficcional no Índico que tem uma estação da NATO.

Mesmo assim, é provável que fosse uma série mais ou menos linear, se não tivesse personagens muito boas a alavancar o clímax da acção. Acima de todos, o notável Andre Braugher, venerável capitão do submarino, nome respeitado, personalidade intensa e carismática. Scott Speedman, o protagonista, também deixou uma óptima impressão. É o poster boy, mas parece consistente, interessante e, sobretudo, empático.

Depois, são muitas as personagens com potencial. Destaco três: Daniel Lissin é um elemento das black ops, recolhido pelo submarino pouco antes dos eventos em questão. É um Sawyer de Lost, ou um Daryl de Walking Dead, ou seja, um free agent duro, enigmático, com carisma e ainda mais nervo. Sahr Ngaujah é um traficante ao estilo caribenho na pequena ilha de Sainte Marina, tão humano quanto objectivo. A estonteante Autumn Reeser é, por sua vez, uma criadora de tecnologia militar, empreendedora, vivaz e imiscuída no sector em Washington.

O piloto é crucial para qualquer série, e Last Resort começou com o pé direito.

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