quarta-feira, 2 de maio de 2012

Passionate love, for always


À sua própria escala, este American Reunion também era o movie event of a generation. Acho que vi o primeiro com 12 anos, estava a entrar no segundo ciclo do básico. O terceiro já vi no cinema. Se a minha adolescência teve uma saga, chamou-se American Pie. Nenhuma outra teve tanto carisma, tanta omnipresença: todos os filmes teen que se fizeram na década seguinte foram avaliados à sua imagem. Era o American Pie e os outros, houve o antes e o depois. Crescer, estar no secundário, namorar, ir para a faculdade, era assim, aquela história, aquele ícone. Custa a acreditar que passaram 13 anos desde a primeira vez. Já todos bateram os 30, alguns avistam os 40. Custa a acreditar.

Por alguma razão, pareceu que esta reunion nunca fosse acontecer. Deixou-se arrefecer o entusiasmo, fizeram-se miseráveis spin-offs, e parecia irrealista resgatar a lenda do tempo. Mas aconteceu. Isto não é, portanto, nenhuma crítica, até porque, em consciência, nunca poderia criticar um American Pie, da maneira como não se ajuízam aquelas boas velhas memórias que fazem parte da nossa história. Aqui fala-se de reverência, o resto é pormenor.

Até pode faltar a este get together a alma de outros tempos, a novidade, a pureza e a frescura das piadas, até pode faltar alguma densidade, mas voltam todos ao East Great Falls de sempre, no fim-de-semana para descobrirem o que lhes aconteceu, e vive a nostalgia. O Jim, o Finchie, o Kevin, o Stifler, o regresso do Oz, mais o Pai do Jim, a Michelle, e a Vicky e a Heather, até o Sherminator, a Jessica e o MILF Guy. 13 anos depois, voltaram a estar todos lá. É como ser miúdo outra vez, como ter envelhecido com eles. Melhor ou pior, o que não pode é ser avaliado à parte do mito. Melhor ou pior, claro que resultaria sempre.

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