domingo, 27 de novembro de 2011

O melhor empate da minha vida


Maritimistas não festejam empates com o nacional, porque empatar com o nacional é sempre uma derrota, seja em que cenário for. Ontem estava escrito que íamos ganhar na choupana pela primeira vez sem eu estar na bancada: com 14 anos estive lá com mestre Cajuda no banco e o golo de Alan; em 2007, no meio da neblina gelada, vi Lazaroni ser grande e Makukula ser ainda maior. Este Marítimo merecia esse rol, e o Baba fez questão de abrir o caminho para a galeria de ilustres. Estava escrito. Acontece que o futebol é uma merda tramada; e o excesso de vontade de um lateral que andou comigo no Liceu, um amigo de grandes amigos meus, custou uma segunda-parte a jogar em inferioridade e uma impensável reviravolta. Mas o futebol é uma merda tramada; e ao fim de quase uma hora de sofrimento a jogar um derby fora de casa com 10, e depois de ter levado o 2-1 ao minuto 89!, um milagre emergiu do mais puro vazio: o pior árbitro português marcou-nos um penalty ao minuto... 95.

Todas as regras têm excepções. Ontem, afogueado, agoniado e a tremer enquanto o Heldon respirava fundo antes de partir para a bola, eu descobri a minha.

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