sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O que joga o Benfica e o que o Porto não joga


Aimar, Witsel, Gaitan, Nolito, Bruno César, Saviola, Rodrigo, Cardozo. Impressionante o leque de futebolistas ao dispor de Jorge Jesus. Mérito, contudo, acima de todos, para o treinador do Benfica. Com ele, e com Rui Costa claro, o clube deixou de ser a piada errática da década anterior e é hoje uma equipa que dá cartas em qualquer campo europeu, que exporta jogadores para os melhores do mundo e, sobretudo, que joga futebol a rodos. Jesus tem uma imagem e uma presença difíceis, tem problemas evidentes a comunicar, mas é um táctico verdadeiramente extraordinário. O requinte absoluto do futebol ofensivo do Benfica diz tudo o que há para dizer.

O Porto, como no pós-Mourinho, volta a atravessar um ano zero complicado. Como disse na altura, Vítor Pereira fazia sentido. Mas isso nem sempre chega e, mesmo na liderança da Liga e com a Champions em aberto, parece tudo uma questão de tempo, pela negativa. A acutilância, a inteligência e, especialmente, a senhoria de si da última campanha apanharam o mesmo avião para Londres de Villas Boas. Do onze titular "só" partiu Falcão mas, em campo, parece outra vida. A equipa esconde-se e não responde, e é cada vez mais difícil levar o treinador a sério. Para enganar as probabilidades, Vítor Pereira terá de fazer mais do que contar simplesmente com a proverbial estrutura do clube.

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