quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Boston Legal, o fim


Gosto tanto deles que nem sei o que diga. Sou capaz de achar que todas as minhas séries têm qualquer coisa de muito grande ou de muito especial. De Boston Legal não sei bem o que diga. Hoje sei que nunca vou ser advogado, mas um dia sonhei ser por causa deles. Comecei a ver no terceiro ciclo do Básico, acabei no primeiro ano de Mestrado. Hoje sei que nunca vou ser advogado, mas continuo a gostar de pensar que um dia vou ser como eles. É impressionante como havia ali tanto delírio, tanta comédia, tanto caos e, ao mesmo tempo, o texto mais profundo e notável que alguma vez vi em televisão.

5 minutos de conversa de varanda, mesmo depois do mais lunático dos episódios, tinham a sabedoria de um tratado. Meu deus, escrever assim... E claro, poder contar depois com extra-terrestres do nível de James Spader e William Shatner. Amar, perder, viver, envelhecer. O que tememos, o que nos fascina, o que desejamos e tudo aquilo em que acreditamos. Uma amizade maior do que isso tudo. A advocacia dos justos, das grandes questões, apaixonada e apaixonante. Um discurso do majestoso Alan Shore e quereres ser advogado para o resto da vida; um apontamento fugidio, muito mais subtil do que as suas tiradas, e seres esmagado pela dimensão do venerável Denny Crane.

Um dia ainda bebo um copo com eles. Boston Legal nunca devia acabar.

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