terça-feira, 5 de julho de 2011

Dark of the Moon


Continua a valer o bilhete.

As críticas não têm sido meigas para Dark of the Moon, mas são exageradas: talvez se pudesse exigir frescura à história, mas o argumento é mais consistente do que Revenge of the Fallen, e rende um filme melhor do que o antecessor, além de que, no resto, Michael Bay continua a dar o espectáculo de sempre. Aqui encontramos um Sam Witwicky desempregado e numa crise de identidade pós-faculdade, sempre menosprezado na sua relação com os Autobots, e com uma nova namorada francamente bem sucedida, e a primeira parte do filme valoriza a performance de LaBeouf, engrandecendo a saga.

Depois entramos então na fase de espalhar magia à la Bay e o espectáculo visual é total, temperado por mais uma enorme banda sonora de Steve Jablonsky. Transformers é a Liga dos Campeões dos efeitos especiais, e Michael Bay continua a conseguir explorá-los de uma forma esmagadora.

Shia LaBeouf tem crescido a olhos vistos. Aos 25 anos libertou-se da aura de miúdo e, mesmo pouco experimentado noutros registos (Disturbia ou Eagle Eye têm a mesma vertigem de adrenalina), evidencia cada vez mais pujança. O carisma de pequeno Pacino que empresta ao papel é incontornável.

Rosie Huntington-Whiteley foi uma grande surpresa. A expectativa era baixa, mas a curvilínea modelo britânica pulverizou o fantasma de Megan Fox, graças a uma naturalidade notável, e logo na estreia como actriz. Josh Duhamel, John Turturro e Tyrese Gibson já são da casa, mas Patrick Dempsey e John Malkovich foram erros de casting, o primeiro pela manifesta falta de traquejo e o segundo por ser desnecessário.

Com o quarto filme anunciado saber-se-ia muito do que esperar, caso não tivessem sido já manifestadas duas ausências pura e simplesmente basilares: LaBeouf disse que não volta e Michael Bay tem recusado encarar o 4º episódio num futuro próximo. Sem a espinha dorsal da saga, tem-se especulado que Spielberg, actual produtor-executivo, poderá avançar para a realização, mas o projecto está num vazio, apesar de Dark of the Moon continuar a render como pão quente.

Transformers chegou à trilogia e, para mim, mantém o fôlego. Sem ambos, contudo, seria estranho continuar.

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