domingo, 19 de junho de 2011

The Killing


Em ano de Boardwalk Empire, Walking Dead e Game of Thrones, não pude deixar de espreitar outro dos nomeados para Série do Ano, numa temporada de tão boa colheita. Confesso que The Killing não parecia tão prometedora como as restantes à partida: até ver sem conspirações nem grandes tramas, era a história de uma investigação ao homicídio de uma rapariga normal. Pelos traços simples, teria sempre de ser muito bem trabalhada noutros aspectos, e isso tende a ser razoavelmente complicado de conseguir.

A verdade é que o piloto deixou, de facto, boa impressão, e por alguma razão a série tem recolhido boas críticas. Muito bem filmada, The Killing faz-se valer de uma maturidade notável a nível emocional, e de uma grande intensidade fílmica, em situações que já vimos reproduzidas muitas vezes. A série é muito pessoalizada, e o que seria a investigação normal de um caso de homicídio normal, acaba por exalar um sofrimento enorme, com o espectador a não ter remédio a não ser compadecer-se da família enlutada, e desejar respostas. A dor é muitíssimo bem retratada, e até os polícias não são um corpo estranho, como muitas vezes acontece, percebendo-se a dureza da gestão que têm de fazer, e a violência daquilo com que têm de lidar todos os dias.

Numa primeira impressão, Mireille Enos não me convenceu, mas Joel Kinnaman parece ser um claro ás de trunfo, no papel de polícia muito pouco by the book. São eles os protagonistas, como dupla de investigação, sendo bem secundados por Michelle Forbes e Brent Sexton (pais da rapariga assassinada), e por Bill Campbell, candidato à câmara municipal e foco político da acção.

A temporada acaba hoje nos Estados Unidos, com o 13º episódio, e já garantiu a renovação. Para seguir.

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