quarta-feira, 25 de maio de 2011

O inelutável peso do voto

Paguei 4 euros por um comprovativo de matrícula personalizado, para digitalizar e mandá-lo para o Funchal. Essa cópia voltou ao Porto no pacote composto por toda a papelada supostamente necessária para votar mas, depois de ir à Câmara, tive de voltar a casa porque não aceitavam digitalizações de comprovativos... Ouvi "Mas o seu nome não está nesta lista", "É muito estranho o nome não estar na lista" (esta quando eu supostamente já tinha ido embora) e "Este papel da sua junta de freguesia é muito diferente dos outros...", mas não me prenderam como falsário de votos antecipados, e está feito.

Sobre o acto em si, agora que o consumei pela primeira vez, devo dizer que senti sobretudo respeito. Um tremendo respeito pelo significado daquilo, mesmo que se trate de um contributo tão singelo. Isso e verdadeira responsabilidade a pesar nos ombros, por estar a contribuir decisivamente para eleger quem me vai governar nos próximos anos.

Pus de parte opiniões formadas e reflecti bastante, muito mais do que alguma vez supus. Foi um voto difícil, numa conjuntura grave, mas, no fim, decidi em consciência. Bem ou mal o tempo o dirá, e arcarei com a responsabilidade das minhas opções nos próximos 4 anos. Mas estou orgulhoso. Porque fiz tudo o que foi preciso - bem mais do que quem não sai de casa ao domingo para andar 5 minutos até à sua assembleia de voto -, e porque estive lá, num momento em que tudo o que o país precisa é que as pessoas, pelo menos, se importem.

Valeu.

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