quinta-feira, 21 de abril de 2011

Halla Moudrid


Festejei do fundo do âmago a vitória de hoje na Taça do Rei.

Custa a explicar, mas é algures um misto entre idolatrar o Mourinho e ter um despeito muito grande por equipas providenciais.

Nos tempos recentes, é essa a definição do Barcelona. A postura de Guardiola e a filosofia do clube são até respeitáveis de mais, mas é maior do que eu: é insuportável jogar contra uma equipa praticamente imbatível, que tem 70% de posse de bola e é capaz de um massacre mental sem paralelo. Uma equipa que, ainda por cima, tem o melhor jogador do Mundo, um dos melhores de sempre, e que representa, ela própria, um estilo que ficará para a História do futebol. É tudo tão perfeito, que, para mim, tornou-se puramente corrosivo.

Este ano, finalmente, está do outro lado o único verdadeiro ídolo que tive em todos estes anos de futebol. Aquele que é, sem discussão possível, o maior treinador do nosso tempo. A vitória de Mourinho hoje foi de um gozo que, sinceramente, nem consigo descrever bem. Foi qualquer coisa de libertador. O Real foi humilhado no Camp Nou, perdeu o campeonato, mas hoje era uma final, do Barça contra o único homem que lhes podia realmente roubar aquela final. E foi impagável.

Contra toda a pressão, contra todo o lobby pró-Barça, contra todas as probabilidades. Foi Mourinho a ser um monstro outra vez, um feiticeiro fazedor de milagres. E ainda por cima foi com uma cornada do Ronaldo, cada vez maior nos dias que correm.

Caralho Madrid, venha a Champions.

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