quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Os 16 avos


O Porto não falhou depois do resultadão em Sevilha, mas sofreu mais do que se poderia imaginar. E por culpa própria, mais até do que pela arbitragem mal levada de Howard Webb (Alexis, pelos menos, tinha de ter sido expulso 50 minutos mais cedo). A perda de pujança é evidente, mas, mesmo sem ter engolido o Sevilha, o Porto teve um caudal impressionante nos últimos 15 minutos do jogo, que desperdiçou quase levianamente. O Porto do início de época era capaz de ter acabado o jogo com 3 ou 4 golos, e esse desnorte de concentração teria custado caro frente a uma equipa que tivesse treinador ou algum tipo de estratégia, além dum plantel extraordinário. A rever, até porque seria uma pena não bater o CSKA nos oitavos.

O Benfica arrancou mais um grande jogo em Estugarda, e despachou a maldição mítica de nunca ter ganho na Alemanha. Mais do que as 16 vitórias seguidas, o momento de Salvio e de Roberto, a época de Luisão, e a fiabilidade do patinho feio Cardozo, vale a pena ver o Benfica só pelo nível da ala esquerda: Coentrão-Gaitán-Coentrão-Gaitán. Deus, aquilo é futebol. Com tamanha qualidade de jogo, é legítimo pensar num Benfica a sonhar alto na UEFA. Para já, e tal como o Porto, que não existam surpresas de mau gosto com o PSG.

Nisto tudo, o mais surpreendente até foi o 2-0 do Braga. A equipa está a fazer um campeonato pobre, desequilibrado e instável, já perdeu muitos jogos, e tem sido esfacelada por lesões, mas na Europa continua a jogar como um grande. O Lech, mesmo campeão polaco, não era nenhum inatingível, mas ter virado e segurado a eliminatória, quando a equipa tem sofrido tanto entre-portas, é um indicador inequívoco de que este Braga, e Domingos, seja feita justiça, já têm postura e cultura de europeus. Venha o Liverpool, porque o sonho continua.

O Sporting dá só que pensar.

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