terça-feira, 24 de novembro de 2009

My name is quase Traveller

Não sei se mais alguém se lembra do Traveller. A coisa começou a dar na RTP, no tempo em que a RTP tinha tradição nas séries de fim-de-semana, e, na altura, na ressaca de Losts e Prison Breaks, não me escapou. Versava, tricas para dominar o mundo à parte, sobre um rapaz supostamente normal mas que afinal era um agente secreto (buésda criativo, eu sei) o qual, no seu processo para ser visto como um rapaz supostamente normal antes de explodir com qualquer coisa, passou um par de anos na faculdade, a fazer amigos. Quando ele lá decidiu abalar para ir explodir as tais coisas, e acharam de ir atrás dele, toda a gente procurou uma foto e pumba!, o bandalho escapava em todas. Estava sempre tapado, de costas, na sombra, ou seja, pura e simplesmente nunca tinha existido na faculdade. Devo dizer que me sinto, nestes dias, um quase Traveller. Não por ser um agente secreto (e até posso realmente ser, sublinho), mas porque a minha existência na faculdade foi ferida de morte. Outra vez. Na infinitesimal probabilidade de acontecer, eu, que não sou gajo de andar a saltar em cima dos meus computadores, muito menos de andar a lhes pegar fogo, consegui queimar dois discos rígidos, de dois computadores diferentes, nos últimos 5 meses. Isto quer simplesmente dizer que, dado os 70 euros dos discos externos sempre me terem posto a olhar para os bichinhos de longe, eu perdi toda a merda de apontamentos e de trabalhos que fiz no meu bendito ano e meio de faculdade. Pois que caralho. Ok que já está tudo apresentado, que, nos apontamentos então, provavelmente nunca mais ponho a vista em cima, mas por amor de deus, havia necessidade? Agora é ver-me andar aí, feito um triste, a catar trabalhos de grupo, a pensar em digitalizar merdices impressas que já estão fartas de arrotar pó em cima do vestuário, só para salvar uma réstia de dignidade, perdidos que estão, ad eternum, um montão de individuais. Os do Milan, ainda por cima, que foram os que deram mais gozo, e mesmo uns portefólios para a Tininha que, do alto dum rol de impossibilidades, até correram bem. Isto não se faz.

1 comentário:

Sérgio Alves disse...

"Agora é ver-me andar aí, feito um triste, a catar trabalhos de grupo"

esta frase está particularmente boa xD